
Na via não existiam sinais de travagem do carro, a viatura encontrava-se quase intacta, a mulher, já morta, estava a alguns metros da viatura e com graves lesões e o marido, que a acompanhava, apenas com alguns arranhões.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), a falta de coerência entre estes factos fez com que as autoridades suspeitassem, desde o primeiro momento, que o marido de Ana Rita estivesse envolvido neste acidente. A tese ganhou mais força quando descobriram que a advogada, que deixa duas filhas menores, estava a preparar o divórcio de Rui Antunes e que este já a tinha ameaçado.
A hipótese de se ter tratado de um homicídio e simulação de acidente ficou mais credível com os resultados da autópsia feita ao corpo da advogada, que há dois anos vivia com a família em Seia. De acordo com as informações recolhidas pelo JN, Ana Rita apresentava sinais de asfixia e um golpe na cabeça, possivelmente provocado por uma pedra.
Numa primeira declaração às autoridades, Rui Antunes terá dito que a esposa se tinha atirado de uma ravina com o carro em andamento e que o ferimento fatal, o golpe na cabeça, era resultado da queda. Apesar desta declaração, a PJ da Guarda acabou por detê-lo ontem, sendo hoje possível que vá a tribunal para o primeiro interrogatório judicial, curiosamente no mesmo dia em que se realiza o funeral da advogada.